quinta-feira, 1 de julho de 2010

Capitulo II

As mudanças eram difíceis de serem tomadas, e o clima em casa não estava favorecendo um bom conviveo familiar,
Mas as coisas aconteceriam. E foi numa tarde, la pelas quatro que o chefe a comunicou que passariam o próximo dia em uma cidadelha próxima, a 70 km dali, para atender alguns clientes e buscar documentos, e que provavelmente iriam se demorar. Quase disse que teria alguns compromissos pois se sentia insegura ao lado dele, mas pensou rapidamente que teria que ser no mínimo discreta, afinal nem sabia o que se passava ao certo consigo mesmo, e não podia correr o risco de perder o o trabalho recém conquistado.
Esta tarde voltou pra casa caminhando. Era uma longa caminhada, mas foi no caminho aproveitando o calor e a luminosidade da tarde de verão. Gostava de sentir a brisa no rosto, ver as pessoas andando pra la e pra cá, cada uma dentro do seu proprio mundo. Atrasava também chegar em casa, pois de alguma forma se sentir desconfortável ao pensar que teria que falar ao marido sobre a viagem.
Afinal, o que a incomodava tanto? Pouquíssimo sabia sobre o patrão. Somente que era divorciado, morava sozinho em um apartamento e que tinha apenas um filho, que morava com a ex-esposa. Não sabia sobre a sua vida social, mas percebia que era muito requisitado pelas mulheres, pois inúmeras vezes vira seu celular tocar, e ele se afastar para falar baixo e com voz sensual.
Afinal chegou em casa. Os filhos já haviam chegado e o marido estava na pequeno jardim, regando as plantas.
- Boa noite, Amor - falou, esperando que tudo estivesse bem.
- Boa noite - ele respondeu, sem acrescentar nada ao assunto.
Entrou, beijou os filhos, e foi até a cozinha..
Pegou um vinho na geladeira, restante do aniversario, e servindo dois copos, começou a preparar o jantar.
Logo Sílvio entrou. Era um homem bonito. Estatura mediana, pele clara. Com 40 anos ainda era jovem e bonito. Poucos cabelos grisalhos, mas raleando no alto, podia perceber que logo teria uma calvície. Os olhos amendoados, ora castanhos, ora verdes, sempre a olharam com muito carinho. Porem nos tempos, como que a evitavam. Isto a feria. Se aproximou com o copo.
- Amor, preparei para você - disse com carinho, estendendo lhe o copo.
- Ah sim, obrigado.
Puxando seu ombro, abraçou e beijou-o rapidamente nos lábios. Ele a afastou com carinho e foi se sentar próximo a janela.
- Precisa de ajuda? - Ele perguntou
- Sim, pode me ajudar com os vegetais? - perguntou e estendeu ate ele uma travessa com verduras e legumes para o preparo da salada.
Ela falou sobre o trabalho, sobre a caminhada, sobre as colegas. Ele respondia com monólogos, quase somente por obrigação.
Logo após o jantar pronto e a mesa posta, chamou os filhos para jantarem.
Tocou no assunto da viagem.
- Amanha terei que ir ate Passo Lento, então chegarei somente la pelas onze da noite?
- Mas, mãe você prometeu de nos levar ao cinema para ver a estreia do filme - retrucou o filho menor.
- Desculpe filho, mas seu pai poderá fazer isto. Não é Sílvio?
- Tenho outra alternativa? - ele respondeu.
Não falaram mais nada.
O jantar transcorreu com assuntos corriqueiros sobre a vida dos filhos.
Nesta noite quando Marcia o procurou para fazerem amor, ele já estava dormindo.

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